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Transtorno global do desenvolvimento: Asperger, TDAH e mais
transtorno global do desenvolvimento
Como lidar com pessoas que possuem Transtornos Globais do Desenvolvimento(TGD ou TEA)? Saiba tudo neste artigo e veja como os cursos online podem te auxiliar
Equipe Foco Educação Profissional
18/01/2017

Embora algumas características sejam comuns para designar pessoas que possuem algum tipo de Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), cada síndrome tem suas especificidades. Graças a alguns diagnósticos precisos e profissionais capacitados com cursos online, é possível identificar as diferentes síndromes e tratá-las para reduzir sua evolução, uma vez que não há cura para elas. Felizmente, existem diversas opções para se informar, se capacitar e entender melhor cada uma dessas síndromes, seja por meio de artigos na internet, cursos online com certificados ou livros.

Oficialmente, há duas formas de se classificar os diferentes tipos de Transtornos Globais do Desenvolvimento. Uma maneira é através do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). Ele é um guia para profissionais da área da saúde que lista diferentes categorias de transtornos mentais e critérios para diagnósticos, segundo a Associação Americana de Psiquiatria (American Psychiatric Association - APA). Ele é usado em todo o mundo por clínicos, pesquisadores, psicólogos, psiquiatras, educadores, indústria farmacêutica, entre outros. Existem cinco atualizações do DSM, sendo a maior delas a sua quarta versão (DSM-IV), de 1994. Mas a edição mais atual é a DSM-V, de maio de 2013. No curso online Transtornos Globais do Desenvolvimento aqui do Foco, você encontra o que há de mais atual para se capacitar na área.

Outra forma de classificação é a da seção de desordens mentais da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde - CID (International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems – ICD), atualmente em sua décima versão, outro guia usado com frequência. Porém, em termos de pesquisa em saúde mental, o DSM continua sendo a maior referência. 

Enquanto no DSM-IV o conjunto de desordens intelectuais era chamado de "Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), dividindo-os entre Transtorno Autista, Transtorno de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância (também Síndrome de Heller, demência infantil ou psicose desintegrativa), Transtorno de Asperger e Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (TID-SOE), no DSM-V tudo se tornou parte dos Transtornos do Espectro Autista (TEA), divididos apenas entre os graus leve, moderado e severo.

Já na CID-10, as classificações para os chamados "Transtornos Globais do Desenvolvimento (F84)" são Autismo Infantil, Autismo Atípico, Síndrome de Rett, Outro Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno com Hipercinesia Associada a Retardo Mental e a Movimentos Estereotipados, Síndrome de Asperger, outros Transtornos Globais do Desenvolvimento e Transtornos Globais não Especificados do Desenvolvimento (TID-SOE). A CID-10 define o Transtornos Globais de Desenvolvimento como "um grupo de transtornos caracterizados por alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Estas anomalias qualitativas constituem uma característica global do funcionamento em todas as ocasiões."

 

Características comuns nos diferentes Transtornos Globais do Desenvolvimento ou do Espectro Autista

Apesar de que um diagnóstico preciso só pode ser obtido por meio de consultas clínicas com um especialista ou um conjunto deles, envolvendo psicólogos, neuropsicólogos, psiquiatras e psicopedagogos, os pais, familiares e educadores devem se atentar a algumas características comuns já na pré-infância, mesmo que o diagnóstico correto só possa ser dado a partir dos cinco anos de idade. É que cada criança tem um grau diferente de desenvolvimento e eventuais atrasos de linguagem, interação social e aprendizado podem ser tolerados. No material presente nos cursos online sobre o tema destacam as principais características das pessoas que têm os transtornos.

Porém, a partir do momento em que se nota que o desenvolvimento da criança ou seu comportamento está muito diferente das demais crianças, é hora de pedir ajuda profissional e não ser invasivo. É preciso respeitá-las. Entre as principais características estão a dificuldade que a criança tem em fazer contato visual. Ela olha para o vazio e evita ao máximo olhar nos olhos de seu interlocutor. A falta de comunicação também é notória. A criança fica constantemente em um "mundo particular", com pouca ou nenhuma interação verbal. Por vezes, repete palavras de seu interlocutor, o que é chamado de "ecolalia". Essas características levam a criança a um certo isolamento social. A falta de comunicação verbal pode vir associada à dificuldade de alimentação, com a criança muitas vezes exigindo somente poucos alimentos aos quais já está habituada.  

Mesmo nas brincadeiras solitárias, a criança demonstra possuir algum transtorno quando não interage com o brinquedo de forma convencional ou se adpta melhor com uma sala especial, com recursos diferenciados nas escolas. Ao invés, por exemplo, de pegar um carrinho e colocá-lo no chão, imitando um carro de verdade, ela prefere virá-lo com as rodas para cima e ficar rodando-as por vários minutos, apenas observando seus movimentos. Você pode se preparar para tais situações realizando os cursos online disponíveis na área.

O desenvolvimento psicomotor por vezes também fica prejudicado. Embora tenham muita energia com brincadeiras explosivas, crianças com TEA por vezes podem ter movimentos estereotipados ou repetitivos, como balançar o tronco, pescoço ou braços. Explosões de agressividade também são comuns, principalmente quando são contrariadas, saem da rotina ou são expostas a barulho ou toque físico, ou seja, é importante não ser invasivo. Com relação aos sentimentos, dificilmente possuem empatia e, quando a demonstram, é de forma mecânica. Um abraço, por exemplo, soa como uma obrigação ou mera formalidade e não como demonstração de sentimento.  

Já na fase pré-juvenil, uma criança com Transtorno do Espectro Autista pode se interessar por assuntos específicos e pessoas próximas podem se perguntar o que é isso ou pensar que faz parte do desenvolvimento do jovem. Se ela passa a se interessar por Chaves & Chapolin, por exemplo, poderá estudar todas as informações possíveis sobre esses seriados e desenvolver certo fanatismo por eles. Nessa fase é importante que pais e educadores contribuam para desenvolver na criança o gosto pela leitura, pesquisa e estudo, incluindo outros temas. Estes aspectos são abordados nos cursos à distância ofertados aqui no Foco Educação Profissional.

Mas se as características são tão comuns a todas as síndromes associadas ao Transtorno do Espectro Autista, como, então, diferenciá-las? Não se trata simplesmente de ser ou não ser autista. Não é preto ou branco. Assim como entre as duas cores há uma variada gama de semitons de cinza, dentro do Espectro Autista também existem não apenas diferentes níveis (graus leve, moderado e grave) como também outras características associadas que ajudam na diferenciação entre as síndromes. Vamos a elas: 

       

O que é Autismo?

O Autismo (também chamado de Síndrome de Kanner) é uma alteração neurológica que compromete a interação social, a comunicação verbal e não-verbal e está associada a comportamentos restritivos e repetitivos. São extremamente metódicos. Atinge geralmente mais os meninos do que as meninas, na proporção de quatro para uma, mas nas meninas costuma ser mais severo. É fortemente hereditário, mas também possui outras causas ambientais (ainda em estudos). Algumas hipóteses apontam para danos causados por defeitos congênitos e pouca interação e afeto dos pais na fase inicial do desenvolvimento.

Segundo a CID-10, o autismo se constitui em transtorno global do desenvolvimento caracterizado por "um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, apresentando uma perturbação característica do funcionamento nas interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo, acompanhado normalmente de outras manifestações inespecíficas como fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (auto agressividade)". Segundo a Secretaria de Educação Especial do MEC, o autismo pode ser compreendido como "um transtorno do desenvolvimento caracterizado, de maneira geral, por problemas nas áreas de comunicação e interação, bem como por padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades". Você pode aprender muito mais no curso online Autismo e no curso online Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD)

 

O que é a Síndrome de Asperger

A Síndrome de Asperger ou Transtorno de Asperger leva o sobrenome do pediatra austríaco Hans Asperger, que estudou e descreveu crianças com características semelhantes às de autistas, porém, com alta funcionalidade. Por isso a síndrome faz parte dos Transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas Habilidades. Entre as principais habilidades estão a capacidade de raciocínio e memória muito acima da média. Pessoas com Asperger são capazes de decorar horários e linhas de ônibus, listas telefônicas, datas históricas ou informações que julguem importantes, enfim, uma série de informações que outras pessoas não conseguem.

Ainda assim, trata-se de uma condição neurológica do espectro autista caracterizada por dificuldades significativas na interação social e comunicação não-verbal, além de padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos. As principais diferenças ficam no desenvolvimento típico da linguagem e cognição. Apesar de não ser uma característica padrão, possuir um andar desajeitado e uma linguagem excêntrica também caracterizam quem tem a síndrome. Com a nova atualização da DSM-5 de 2013, a nomenclatura de Síndrome de Asperger foi eliminada e passou a ser incorporada aos demais Transtornos do Espectro Autista (TEA), porém, de grau leve. Para saber um pouco mais sobre a síndrome, uma dica é fazer o Curso Online Transtornos Invasivos do Desenvolvimento e outros cursos EAD relacionados..

 

O que é a Síndrome de Rett

A Síndrome de Rett é um dos tipos mais graves de autismo. Enquanto o autismo atinge mais meninos do que meninas, na Síndrome de Rett é o contrário. Quase que exclusivamente apenas meninas desenvolvem a síndrome. Isso porque os meninos não resistem e morrem precocemente. Trata-se de uma condição que causa bastante sofrimento nos pais, pois o desenvolvimento do bebê parece normal até cerca de um ano e meio. Depois disso, há uma regressão mental, levando à uma grave deficiência intelectual e psicomotora, comprometendo também os movimentos. Inclusive o crânio pode parar de crescer. A criança aos poucos deixa de andar e engatinhar, não consegue mais segurar objetos e passa a adotar movimentos repetitivos e estereotipados. 

 

O que é a Síndrome de Heller ou Transtorno Desintegrativo da Infância

Assim como a Síndrome de Rett, também se caracteriza por um desenvolvimento neuropsicomotor normal até os dois anos de idade. A regressão começa depois desta fase indo até os dez anos de idade, porém, de forma bem mais branda. As habilidades que começam a ser perdidas são a de comunicação verbal e não-verbal, relacionamento interpessoal, linguagem, controle esfincteriano e outras habilidades motoras. Os padrões, estereotipias e movimentos repetitivos também são outras características comuns. Disponibilizamos vários cursos online em Educação Infantil.

Transtornos Globais ou Invasivos do Desenvolvimento sem outra especificação

Sabe quando vamos ao médico e ele, quando não consegue diagnosticar o que temos, diz que é uma virose? Aqui se enquadram outros casos dentro dos Transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas Habilidades em que as características não se enquadram em nenhuma outra síndrome. Essas características costumam ser bem mais brandas do que as apresentadas pelo autismo, além de serem quantitativamente menores (soma de algumas poucas características, mas não várias o suficiente para se diagnosticar o autismo). No portal Foco Educação Profissional, um dos cursos à distância específicos para lidar com crianças nessas condições é o curso online Transtornos Invasivos do Desenvolvimento.

 

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

Embora não faça parte do Transtorno do Espectro Autista, pessoas com TDAH possuem traços autistas, assim como muitos deles, elas apresentam traços de déficit de atenção e hiperatividade. Transtornos de déficit de atenção e hiperatividade são transtornos neurobiológicos, ou seja, uma disfunção do cérebro e, geralmente, aparecem ainda nas fases iniciais da vida. A região que seria responsável por controlar os impulsos, por realizar planejamentos ou prestar atenção e ter uma memória boa, por exemplo, é comprometida. O Curso Online TDAH - Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade do portal Foco Educação Profissional pode te ajudar a aprofundar seus conhecimentos para atuar com crianças, jovens e adultos com o transtorno. Esse e outros cursos EAD relacionados à educação especial estão presentes aqui no portal e também abordam as políticas de inclusão da área, metodologias para tratamento e práticas pedagógicas que podem ser realizadas.

Os certificados do Foco Educação Profissional podem ser usados para:


Prova de Títulos em Concursos Públicos

Horas complementares para faculdades

Complemento de horas para cursos técnicos

Progressão de carreira em empresas

Turbinar seu currículo

Revolucionar sua vida profissional e acadêmica

Como lidar com crianças com transtornos globais do desenvolvimento na escola

Desde que vários países do mundo - inclusive o Brasil - passaram a adotar a Educação Especial Inclusiva, cada vez mais crianças com Transtornos Globais do Desenvolvimento passam a ser incluídas no ensino regular, levando as escolas a reformularem as formas de ensino, passando a contar com Tecnologia Assistiva, sala especial, com Recursos Multifuncionais, arteterapia, acompanhamento psicopedagógico infantil especializado, entre outras mudanças tanto metodológicas, de infraestrutura quanto culturais.

A educação especial permite que, em um ambiente, todas as crianças possam conviver de forma amigável. No entanto, é fato que estas crianças merecem atenção especial quanto a sua interação social, comunicação e comportamento por parte dos profissionais. Montar uma sala especial ou realizar atividades lúdicas é sempre uma boa maneira de promover a interação. O principal desafio das instituições de ensino é capacitar seu corpo de professores, deixando-os aptos à trabalhar a inclusão de alunos com TGD. Há diversas intervenções pedagógicas possíveis de serem feitas com crianças nessas condições.

O que é TGD, você já sabe, mas se quiser ficar fera nos Transtornos Globais do Desenvolvimento você pode se qualificar ainda mais por meio de cursos à distância. Faça sua inscrição no Foco Educação Profissional e tenha acesso a todos os cursos ead por 1 ano.

 

Lembre-se: cursos online com certificado, é aqui.
Equipe Foco Educação Profissional
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