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Avaliação nutricional e alimentação na gravidez: entenda
Ganho de peso na gravidez
Saiba como a alimentação na gravidez está diretamente relacionada com o estado nutricional da gestante e as alterações fisiológicas típicas dessa fase da vida.
Equipe Foco Educação Profissional
16/05/2018

Os cuidados com a alimentação na gravidez devem estar redobrados, pois a gestação leva a modificações fisiológicas no organismo da mulher que, por sua vez, geram um aumento das necessidades de todos os nutrientes, principalmente em relação aos macronutrientes (os lipídeos, as proteínas e os carboidratos).

Essa elevação é justificada pelo fato de os componentes alimentares necessários para garantir um bom padrão de crescimento e desenvolvimento do feto só poderem advir de duas vias: a reserva nutricional e a ingestão alimentar materna.

Dessa forma, a avaliação nutricional da gestante entra como fator crucial para determinar a conduta alimentar que o profissional nutricionista deve recomendar a fim de garantir que ela adquira todos os nutrientes necessários em cada fase gestacional.

Assim, no conteúdo deste artigo trataremos como deve ser uma avaliação nutricional completa de uma mulher grávida e como determinar as necessidades de macronutrientes, micronutrientes, fibras e energia. Esses assuntos são abordados no nosso curso online nutrição na gestação.

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Alimentação na gravidez e avaliação nutricional: qual a relação?

Avaliar o estado nutricional de uma pessoa significa que você está analisando o equilíbrio entre o consumo de nutrientes e o gasto de energia do seu organismo para suprir todas as suas necessidades nutricionais.

No caso de uma gestante, com o resultado dessa avaliação podemos determinar se a mulher encontra-se: eutrófica (com o peso adequado para a gestação), com baixo peso, com sobrepeso ou com obesidade. Em outras palavras, por meio dela podemos dizer se há equilíbrio ou desequilíbrio entre o que é consumido e o que é gasto.

Assim, a partir da determinação do seu estado nutricional é possível traçar a meta de ganho de peso na gravidez para proporcionar uma gestação saudável e identificar algum desvio ponderal (desvio de peso) ainda no início da gestação.

Dessa forma, podemos ver que a alimentação na gravidez exerce influência direta sobre o atual estado nutricional da gestante e, portanto, a avaliação nutricional é uma etapa indispensável de ser realizada antes de serem fornecidas as orientações nutricionais e ser elaborado o seu planejamento dietético individualizado.

Nesse contexto, descreveremos a seguir todas as etapas que devem compor a avaliação de uma paciente gestante, assim como a importância da realização de cada uma e da complementaridade entre elas.

1° etapa: avaliação antropométrica

A avaliação antropométrica é o meio mais acessível e recomendado para avaliar o estado nutricional da gestante. Por meio dele o profissional é capaz de elaborar uma conduta alimentar adequada para cada mulher.

As principais medidas do corpo da gestante obtidas nessa etapa são: peso e altura. Por meio delas, estima-se o seu Índice de Massa Corporal (IMC) atual e qual a sua classificação.

O peso da gestante deve ser medido em cada consulta pré-natal para que seu IMC seja recalculado e o profissional possa acompanhar com mais precisão se o ganho de peso na gravidez está ocorrendo de forma adequada ou não.

No curso nutrição na gestação ofertado pelo portal Foco Educação Profissional você poderá aprender como utilizar essas medidas de forma correta para acompanhar a evolução antropométrica da gestante ao longo dos nove meses gestacionais.

2° etapa: avaliação dietética

Nessa etapa avalia-se o consumo alimentar da gestante. Essa avaliação deve ser rica em detalhes, com a realização da análise de suas preferências e aversões alimentares, da sua rotina alimentar e se há a presença de intolerâncias ou alergias alimentares, por exemplo.

Não existe um método de avaliação dietética ideal. Entretanto, no caso de gestantes, os mais utilizados são os seguintes métodos retrospectivos: recordatório de 24 horas e frequência alimentar semiquantitativa.

No primeiro, o avaliador propõe que a paciente tente recordar e descrever todos os alimentos e bebidas consumidos no período prévio do 24 horas, sendo as quantidades dos alimentos recordados estimadas utilizando-se medidas caseiras como referências.

No segundo, é dada a gestante uma lista com diferentes alimentos, onde ela marcará a frequência do consumo dos alimentos listados.  Ainda, é possível marcar também algumas porções de consumo padronizadas.

Muitos profissionais preferem utilizar o método da frequência alimentar semiquantitativa em avaliações dietéticas de gestantes, pois apresenta a vantagem de melhor descrever o consumo da paciente.

Na hora da avaliação do consumo alimentar da mulher é importante que o profissional não demonstre reações de aprovação e desaprovação para que todos os dados sejam coletados sem que haja a presença de erro. Ao fim da avaliação nutricional, ele poderá manifestar o seu parecer e orientar a gestante no que for necessário para melhorar a sua ingestão alimentar.

3° etapa: avaliação clínica

Nessa etapa são avaliados todos os sinais físicos que possam estar associados ao estado nutricional da gestante, assim como os sintomas que possam vir a ser relatados por ela, como azia, má digestão, constipação e dispneia (sensação de falta de ar), por exemplo.

A partir dos dados coletados o avaliador pode fazer associações entre o consumo alimentar observado na avaliação dietética com possíveis sinais e sintomas de deficiências ou carências nutricionais.

4° etapa: avaliação bioquímica

Nessa etapa alguns marcadores bioquímicos são utilizados como parte da avaliação nutricional da gestante e devem ser usados para complementar o diagnóstico nutricional estabelecido pelo avaliador.

Os exames laboratoriais mais utilizados são:

  • Hemograma completo para avaliar possíveis anemias;
  • Glicemia de jejum e teste oral de tolerância a glicose para avaliar uma possível diabetes gestacional;
  • Exame de urina para detectar a presença de infecções urinárias.

Uma boa interpretação dos exames laboratoriais é um fator importante para determinar possíveis carências nutricionais ou diagnosticar precocemente alterações no metabolismo dos nutrientes.

alimentação na gravidez

Necessidades nutricionais da gestante: quais são e como determinar?

Manter uma adequada alimentação para gestante tem grande influência não só no ganho de peso na gravidez, mas também no peso da criança e na idade gestacional do dia do parto. Em outras palavras, favorece um bom ganho ponderal do bebê e previne um nascimento prematuro. Assim, ela é o foco do nosso curso online nutrição na gestação.

Os requerimentos nutricionais na gestação são definidos por um conjunto de valores de referência para a ingestão de nutrientes, conhecidos como DRIs (Dietary Reference Intakes).

Eles foram adotados pelos Estados Unidos e Canadá e vêm sendo utilizados amplamente para determinar as quantidades necessárias de nutrientes e energia para as gestantes. Essas necessidades irão variar conforme os seguintes fatores:

  • Peso pré-gestacional;
  • Quantidade e composição de ganho de peso;
  • Trimestre gestacional;
  • Nível de atividade física.

Dessa forma, através de um de nossos cursos online com certificado você aprenderá a como estar preparado a lidar com esse público que requer cuidados específicos e essenciais, independentemente de você ser um profissional da área ou não. Nossos cursos podem ser realizados por qualquer pessoa que tenha interesse nos assuntos abordado.

1. Energia

No curso nutrição na gestação você verá que o corpo da mulher requer uma energia adicional para manter as demandas metabólicas da gestação, principalmente do crescimento fetal.

Um estudo demonstrou que a Taxa Metabólica de Repouso (TMR), ou seja, a energia necessária para manter as funções corporais normais e a homeostase (equilíbrio físico-químico) aumentou durante a gravidez em mulheres saudáveis, e que esse aumento estava significativamente relacionado com o peso do bebê ao nascer.

Conforme a FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), no primeiro trimestre de gestação de uma mulher com o peso adequado no período pré-gestacional não se faz necessário o acréscimo de energia. Entretanto, a partir do segundo trimestre esse cenário muda e os adicionais estimados como necessários são:

  • 285 Kcal/dia a partir do segundo trimestre;
  • 475 Kcal/dia a partir do terceiro trimestre.

Dessa forma, observamos o quão importante é a alimentação para gestante, tendo em vista que ela irá requerer um aumento do seu consumo alimentar para garantir os incrementos de energia por dia que são necessários.

2. Macronutrientes

Quando falamos de macronutrientes, queremos nos referir aos nutrientes que são capazes de fornecer energia ao corpo. Nesse caso, tratam-se das proteínas, dos lipídeos (gorduras) e dos carboidratos.

Para manter a síntese de tecidos corporais materno e fetal há um requerimento adicional de proteína para a mulher grávida. Essa necessidade proteica extra influencia o êxito da gestação. Em termos práticos, estamos falando de aumentar 9 g e 31 g de proteínas por dia no segundo e terceiro trimestre gestacional, respectivamente.

Para manter a glicose sanguínea em um nível adequado e evitar a cetose (o aumento de corpos cetônicos na circulação) na gravidez recomenda-se um consumo de carboidratos que respeite a margem de 135 g a 175 g por dia.

Quanto aos lipídeos, a quantidade recomendada na gestação respeita a mesma margem para mulheres saudáveis e não grávidas (de 15 % a 30 % da energia total consumida no dia), tomando-se cuidado com a ingestão de gorduras trans e colesterol.

Portanto, vê-se que as orientações nutricionais fornecidas à gestante devem respeitar as necessidades adicionais de macronutrientes requeridos de acordo com cada fase da gestação. Assim, com a realização do nosso curso online nutrição na gestação você aprenderá a montar essas orientações de forma completa.

3. Micronutrientes

Já os micronutrientes, por sua vez, referem-se aos nutrientes que o corpo necessita em pequenas quantidades e não fornecem energia. Nesse caso, falamos de vitaminas e minerais.

A ingestão adequada de certas vitaminas possui uma relação direta com uma gestação saudável. Em alguns casos, a alimentação é suficiente para atingir a recomendação diária. Entretanto, em casos específicos é necessária a suplementação vitamínica durante toda a gravidez.

As deficiências de vitamina A (retinol) e zinco, por exemplo, durante a gestação são considerados um problema de saúde pública presente em muitos países em desenvolvimento, pois ocasionam diversos agravos à saúde.

Nesse contexto, algumas pesquisas estimam que 10 a 20% das gestantes sofram com a cegueira noturna, um sintoma da deficiência de vitamina A, e que esta situação esteja associada a um risco aumentado de morte materna nos dois anos pós-parto.

Dessa forma, garantir um plano alimentar variado em alimentos de diversos grupos alimentares é muitas vezes suficiente para garantir um aporte da maioria dos micronutrientes ao longo dos meses gestacionais.

No curso nutrição na gestação do portal você aprenderá quais são os tipos de alimentos que devem ser prioridades nas orientações nutricionais da alimentação na gravidez para evitar distúrbios nutricionais decorrentes de uma má nutrição.

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4. Fibras alimentares

As fibras alimentares são os carboidratos que resistem à ação das enzimas do trato gastrointestinal. De acordo com a solubilidade em água, elas podem ser classificadas em solúveis e insolúveis.

Estudos têm evidenciado que o consumo regular de fibras é capaz de prevenir doenças como a diverticulite e o câncer de cólon de intestino e tratar a diabetes mellitus. Isso deve-se aos seus efeitos benéficos fisiológicos como, aumento da movimentação intestinal e diminuição da absorção da glicose sanguínea.

Em comparação às mulheres não grávidas, a recomendação para o consumo de fibras ao longo de um dia é maior para gestantes. Em termos práticos, as mulheres não grávidas com idade entre 19 e 50 anos devem consumir 25 g por dia, enquanto a alimentação para gestante deve estar planejada para fornecer 28 g por dia.

Nesse contexto, frutas, verduras, cereais integrais e leguminosas devem ser prioridades na hora da elaboração do seu cardápio, pois boas são fontes desses carboidratos não digeríveis, mas que proporcionam uma diversidade de benefícios à saúde.

Através de um dos cursos online fornecidos na plataforma Foco Educação Profissional você poderá aprender como aplicar a terapia nutricional à gestante de forma que ela alcance o consumo recomendado de fibras.

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Diante de tudo que foi exposto aqui, vê-se que as necessidades e recomendações na gestação são diferenciadas, pois a mulher carrega a responsabilidade de manter uma boa alimentação na gestação a fim de garantir boas condições de saúde para ela e o bebê.

Além disso, é possível ver que o processo de avaliação nutricional é constituído por etapas que em conjunto são de extrema importância para a determinação da terapia nutricional escolhida e a elaboração de uma alimentação para gestante individualizada, de acordo com o seu perfil nutricional e metabólico.

Aqui nós trouxemos alguns pontos importantes sobre o cuidado nutricional durante a gravidez. Entretanto, no curso nutrição na gestação você terá acesso a um conteúdo mais detalhado e, caso deseje, pode solicitar a certificação, que é opcional para todos os nossos cursos online com certificado.

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Equipe Foco Educação Profissional
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